Por Lenilson Azevedo
Em sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira (24), ele entregou carta de renúncia ao Primeiro Secretário.
A sessão extraordinária desta
quinta-feira (24) era para votar alguns projetos de lei, principalmente
os relativos ao reajuste de salários de servidores, e dos membros do
Executivo e do Legislativo. Mas o que mais chamou a atenção realmente
foi a renúncia do vereador Genildo, 23 dias após sua posse.
Assim que conduziu os trabalhos da
sessão, Genildo entregou a Carta de Renúncia ao Primeiro Secretário, o
vereador Paulo Dantas (PT).
No texto, o edil alegou, inicialmente,
questões de foro íntimo para justificar o ato que tomara, bem como a
realização de “tratamento de saúde improrrogável e inadiável”.
O blog apurou que Genildo deverá se submeter a procedimento cirúrgico nos próximos dias. Por isso, afirmou: “…
o cargo de Presidente do Poder Legislativo Municipal requer dedicação
máxima e exclusiva, não sendo nobre, de minha parte, permanecer sem
poder dar o máximo de desempenho, conforme normatizado e prometido”.
Genildo conversou conosco pouco tempo após a sessão. Confira os principais pontos de nossa conversa:
24 dias na Presidência
“Estando
à frente do Legislativo ourobranquense, busquei ao máximo seguir os
princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência: tomamos os devidos cuidados no tocante ao
Nepotismo; tratamos de enviar todas as nossas publicações para o
endereço eletrônico da FEMURN, e consequentemente em Diário Oficial;
habilitamos um servidor diante do Tribunal de Contas para o Portal do
Gestor; providenciamos os procedimentos para as prestações de contas da
Casa dos meses de novembro e dezembro de 2012, que não foram feitas (…).
Desde o dia que assumi, dei expediente na Câmara Municipal todos os
dias, objetivando realizar um eficiente trabalho em prol do nosso
Legislativo”.
O Mandato
Genildo nos relatou que continuará
honrando seu mandato de representante do povo da mesma forma de antes:
com trabalho, apresentação de projetos e fiscalização: “Desde 2009, exerço o cargo de vereador sem receber salário para isso”.
Desde o dia 02 de janeiro, o vereador cumpria de modo integral seu expediente como chefe do Legislativo Municipal.
A Renúncia
Além dos motivos de tratamento de saúde,
o vereador Genildo Medeiros (PDT) aludiu à dificuldade de se
administrar a Câmara Municipal diante das dificuldades financeiras ora
encontradas: “Presidindo a Câmara, esperava maior integração de
todos os vereadores, pois é essencial o empenho de todo o colegiado. Me
senti só em alguns momentos, pois não é simples prover tudo o que se
apresenta para que se promova uma gestão efetiva e eficiente”.
Nova eleição para Presidente
Como o cargo vacante é apenas o de
Presidente, obedecendo o Regimento Interno, haverá eleição Suplementar
apenas para referido cargo. Será na Primeira Sessão Ordinária, que
deverá ocorrer quarta-feira, dia 20 de fevereiro.
Até que se realize a nova eleição, assume a presidência interinamente o vereador Fábio Severiano (PSDB).
Apoio ao Governo da Dra Fátima
A decisão pela renúncia da Presidência
da Câmara por parte de Genildo Medeiros (PDT) não afeta seu
posicionamento quanto à política local: “estarei à disposição do
colega que assumir a Casa. Darei todo o meu apoio, nos momentos que
antecedem meu tratamento de saúde, e posteriormente, quando tudo estiver
normalizado (…). Importante ressaltar também que continuarei na Base de
Apoio do Governo da Dra Fátima, dando todo o meu apoio, e lutando por
melhorias para a nossa população”.
Agradecimentos
Genildo finalizou a nossa conversa
agradecendo a todas aquelas pessoas que estiveram dando seu apoio
durante sua gestão à frente do Legislativo Municipal. E antes disso aos
eleitores que acreditaram em seu trabalho, e lhe confiaram seus votos.
Agradeceu também aos vereadores que o elegeram Presidente.
A eleição de Genildo foi tranqüila. Os
seis vereadores da base de sustentação do Governo Municipal votaram a
seu favor. O vereador Rogério Lucena (PTB), mesmo estando na oposição,
também disse sim a Genildo. Turica (PR) votou não e Junior Nogueira
(PMDB) se absteve de votar.
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