terça-feira, 22 de maio de 2012

Ourobranquense Milton Dantas é entrevistado pelo jornal “A Ordem”, e fala sobre trabalho voluntário

Milton Dantas

Entrevista foi mpuclicada no jornal da Arquidiocese de Natal. Confira na íntegra:

“O lucro do voluntário é o ‘bem’ realizado”

Igreja Católica conta com o trabalho e a doação voluntária de milhares de pessoas, no serviço pastoral. O coordenador da Pastoral da Criança, na Arquidiocese de Natal, Milton Dantas, tem uma definição para o trabalho voluntário: “É um trabalho da caridade cristã: extrai, aperfeiçoa, transforma, liberta sem que o objetivo seja o lucro financeiro, material”. A Pastoral da Criança é uma das que mais conta com a ação do voluntariado.

Como podemos definir o trabalho voluntário?

O trabalho voluntário é algo feito de maneira livre, porém responsável. Define-se na medida da busca do fazer bem, “o bem” ao outro. É um trabalho da caridade cristã: extrai, aperfeiçoa, transforma, liberta sem que o objetivo seja o lucro financeiro, material. O seu lucro é o “bem” realizado e a mudança do contexto trabalhado. É o trabalho da vontade de ver o mundo em mudança.

Tomando, por exemplo, o trabalho da Pastoral da Criança, como você avalia a importância do voluntariado nesse trabalho?

A importância está, acima de tudo, no desprendimento das pessoas para atualizarem o mistério da vida em abundância. Esse desprendimento de si em busca da satisfação do outro possibilita a verdadeira felicidade que está no servir. Se não fossem os voluntários, os líderes da Pastoral da Criança, em muitas famílias, a morte ainda rondaria de maneira precoce por causas simples. Estes voluntários são a espinha dorsal do trabalho de salvar vidas. Eles atualizam a visita de Nossa Senhora a Izabel todos os meses; trazem ao templo de Semeão e aos olhos do mundo, a criança viva; atualizam os atos dos apóstolos: reúnem-se para refletir, avaliar e celebrar.

Como a Pastoral da Criança procede para conquistar voluntários?

Sensibiliza pessoas. Por si, cada pessoa já traz sua possibilidade de servir. Já traz sua sensibilidade natural para ir ao outro, porém a amostragem dos resultados obtidos com o trabalho de salvar vidas, a conversa interativa das ações realizadas proporcionam a vontade, o desejo de estar presente em sua intensidade no mundo visível de necessidades. Assim, estamos o tempo todo realizando rodas de conversa em comunidades, programas de rádio, jornais, exemplos vivos de ações que dão resultados promissores.

Que características você considera com essenciais para aquelas pessoas que desejam realizar um trabalho voluntário, seja na Igreja ou em outro segmento da sociedade?

Primeiramente, o desprendimento. O voluntário deixa um pouco de si para estar em função do outro. O desejo de servir, querer o bem do outro, saber administrar o tempo, a responsabilidade assumida e, acima de tudo, a certeza de que o que está fazendo é algo necessário, verdadeiro e transformador.

Que mensagem você deixa para os voluntários, em especial para os que atuam na Pastoral da Criança, no território da Arquidiocese de Natal?

Que não se percam os sonhos de mudanças. Que a vida proporcionada nas palavras, nos gestos, nas ações, não escape de suas mãos. Que a angústia de achar que não fazem muita coisa possa dar lugar à certeza de que o que estão fazendo é algo diferente: olham, ouvem, sentem, dizem as angústias dos outros de maneira interativa, na visita, na celebração da vida, na reunião de reflexão e avaliação. A vida em abundância está chegando em cada família através de sua pessoa que ama, que se desprende de seus afazeres para intensificar o bem.  Esteja sempre em missão; não devorando quilômetros, mas doando vida em cada passo dado, em cada conhecimento repartido.

Fonte: Blog Lenilson Azevedo

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