sexta-feira, 21 de setembro de 2012

É comum ver, por toda a cidade de Ouro Branco-RN, esgoto a céu aberto.

 

Na Rua Professor Luiz Cirilo, onde está sendo construída uma unidade de PSF, moradores já “se acostumaram” com o esgoto permanente nas portas de suas casas.

A primeira da série de reportagens que o blog faz sobre os desafios para a próxima gestão municipal (2013-2016) fala sobre um problema que há décadas vem preocupando a população: o sistema de esgotamento sanitário.

No decorrer dos anos, o crescimento da cidade não foi acompanhado de um planejamento eficaz, de modo que o preço será alto, para as próximas gerações.

A rede de esgoto geral da cidade, que cobre a parte central, foi construída, boa parte dela, na década de 80 ou antes. De lá para cá, centenas de residências foram construídas, e a rede pode não comportar os dejetos que a cada dia são jogados cada vez em volume maior.

Os conjuntos habitacionais que foram construídos nos últimos anos também representam um agravo para o problema, já que não há um planejamento para o sistema de esgotamento sanitário. Boa parte do esgoto das novas casas são jogados a céu aberto, muitas vezes bem próximo às residências, ou mesmo em via pública.

Imagens da caixas com dejetos, inclusive fezes, despejadas no riacho que aflui para o Rio Quipauá.

O maior de todos os agravos, a nosso ver, é mesmo a ligação de fossas à rede geral de esgotos. É cada vez mais raro ver construções de fossas sépticas para o acúmulo dos dejetos. Hoje, é mais cômodo encanar toda a tubulação dos banheiros para a rede geral, o que aumenta a vasão na tubulação. O resultado é o entupimento dos canos, o que faz com que muitas vezes os dejetos jorrem em residências e em vias públicas.

A Prefeitura Municipal mantém um trator que tem uma pipa acoplada para a retirada de dejetos de fossas sépticas. No entanto, a falta de um planejamento eficaz do serviço faz com que surjam falhas, e muitos moradores reclamam que, pela demora no atendimento à solicitação, acabam perdendo a paciência e ligam suas fossas à rede de esgotos.

Soluções

Há que se falar sim em um projeto amplo de Saneamento Básico. No entanto, isso demanda muito dinheiro e tempo.

A curto prazo, o poder Público deve se esforçar em encanar o máximo de esgotos da cidade, a fim de que estes não jorrem a céu aberto, visto que isso pode causar muitas doenças, aumentando ainda mais os problemas com a saúde da população. É imprescindível também observar os impactos ao meio ambiente.

O investimento com a tubulação é muito baixo, e está ao alcance da Prefeitura.

A Legislação do município tem que ser revisada, no sentido de se proibir, ao menos por um tempo, a encanação de fossas para a rede geral de esgotos, para amortecer um pouco os problemas que já existem hoje.

Já que o Poder Público assume a responsabilidade de recolher os dejetos das fossas, que haja um planejamento no sentido de se dar eficácia ao serviço. Hoje, mal se encontram as pessoas que são responsáveis pelo serviço…

Todos os dias, dezenas de pessoas sofrem com esgotos em frente às suas casas, em terrenos, nos quintais de suas casas, e até em seus banheiros.

Resolver os problemas do esgotamento sanitário é um grande desafio. Há que se adequar a rede geral de esgotos, para que esta seja condizente com o tamanho da cidade.

Na construção de novas casas, seja pelo poder Público, seja por particulares, há que se traçar um plano que visualize a questão do esgoto, para que o problema não aumente ainda mais.

Uma nova gestão que leve em consideração a saúde da população, deve saber que esta passa pela qualidade de vida que ela terá, com planejamento e serviços eficazes.

Fonte: Blog Lenilson Azevedo

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